Uma missão tripulada para Marte tem sido assunto de ficção científica, engenharia e propostas científicas no decorrer do século XX continuando no século XXI. Os planos compreendem propostas não apenas de aterrissar, mas também de eventualmente se estabelecer no planeta Marte, suas luas, Fobos e Deimos e terraformar o planeta.
Trabalhos preliminares para missões tem sido executados desde os anos 50, com missões planejadas tipicamente ocorrendo de 10 a 30 anos no futuro. A lista de planos de missões tripuladas a Marte no século 20 mostra as várias propostas que tem sido apresentadas por várias organizações e agências espaciais nesse campo da exploração espacial.
Em 2004 a administração dos Estados Unidos anunciou a nova Vision for Space Exploration apresentando a missão tripulada a Marte como uma de suas maiores conquistas. Nenhum plano concreto foi decidido então, e a proposta vem sendo atualmente discutida por políticos, cientistas, e pelo público. Em 2010, uma nova proposta de lei foi assinada permitindo uma missão tripulada para Marte por volta de 2030.
Vision for Space Exploration (2004)
O então presidente dos Estados Unidos George W. Bush anunciou uma iniciativa para uma missão especial tripulada em 14 de janeiro de 2004, conhecida como Vision for Space Exploration. Ela incluía desenvolvimento preliminar de planos para um posto avançado na Lua por volta de 2012 e o estabelecimento da base em 2020. Missões precursoras que ajudariam a desenvolver a tecnologia necessária durante a década 2010-2020 foram descritos por Adringa e outros. Em 24 de setembro de 2007, Michael Griffin, então administrador da NASA, sugeriu que a NASA seria capaz de lançar uma missão tripulada para Marte por volta de 2037. Os fundos necessaries viriam do redirecionamento de $11 bilhões de missões científicas espaciais para a Vision for Human Exploration.
A NASA também discutiu planos para o lançamento de missões a Marte a partir da Lua para reduzir os custos.
Programa Aurora (início dos anos 2000)
A Agência Espacial Européia possui uma visão de longo termo para o envio de uma missão tripulada a Marte por volta de 2030. Iniciado em 2001, a linha do tempo do projeto começaria com a exploração robótica, uma simulação de prova de conceito de como manter os seres humanos em Marte, e eventualmente uma missão tripulada; no entanto, objeções de nações participantes da ESA e outros atrasos põem o cronograma em questão.
Proposta russas para uma missão (atuais)
Um número de conceitos de missões e propostas tem sido postas apresentadas por cientistas russos. Datas declaradas para um lançamento variam entre 2016 e 2020. A sonda marciana transportaria uma equipe de quatro a cinco cosmonautas, que passariam um período de quase dois anos no espaço.
Em 2011, as agências espaciais russa e européia terão completado com sucesso a base terrestre MARS-500. O experimento biomédico simulando um vôo tripulado para Marte foi concluído pela Rússia em julho de 2009.
Sociedade de Marte da Alemanha - European Mars Mission (EMM) (2005)
A Sociedade de Marte da Alemanha propôs uma missão tripulada para Marte utilizando vários lançamentos de uma versão aperfeiçoada do Ariane 5. Aproximadamente 5 lançamentos seriam necessário para enviar uma equipe de 5 pessoas em uma missão de 1200, com uma carga útil de 120,000kg.
A opção uma-pessoa, uma-viagem (2006)
Em 2006, o antigo engenheiro da NASA James C. McLane III propôs um esquema para inicialmente colonizar Marte através de uma viagem só de ida tripulada por apenas uma pessoa. Artigos discutindo esse conceito apareceram no The Space Review, na revista Harper’s e na revista SEARCH.
Missão NASA Design Reference 5.0 (2007)
A NASA publicou detalhes iniciais da última versão da arquitetura para a exploração de Marte a nível conceitual humano nessa apresentação. O estudo desenvolveu ainda mais os conceitos já desenvolvidos na anterior NASA DRM e o atualizou para tecnologias e lançadores mais recentes.
Missão design MarsDrive (2008)
A Organização MarsDrive tem trabalhado em uma série de novas missões humanas a começar pela Mars for Less. Seu atual programa de design sob o Diretor de Engenharia Ron Cordes descartou muitos dos elementos da Mars for Less. Algumas de suas filosofias de design são focadas no uso de sistemas de lançamentos presentes e a curto prazo, estabelecimento permanente dos humanos, sistemas conceituais EDL e superfície aperfeiçoada ISRU. Seus métodos propostos para o financiamento da missão também são uma alternativa ao plano atual com a abordagem incluindo um consorcio privado sendo analisada.
Planos da ESA
Outra proposta para uma missão conjunta da ESA com a Rússia se baseia em duas naves espaciais sendo enviadas para Marte, uma levando uma tripulação de seis pessoas e outra levaria os suplementos da expedição. A missão levaria aproximadamente 440 dias para completar sua viagem com os três astronautas visitando a superfície do planeta vermelho por um período de dois meses. O projeto inteiro consumiria um total de $20 bilhões e a Rússia contribuiria com 30% desses fundos.
Programa chinês para a exploração de Marte
Pouco é sabido sobre o programa chinês para a exploração de Marte. Enquanto a Lua é a primeira prioridade, há planos para uma exploração marciana que daria sequencia ao trabalho do Programa chinês de exploração lunar. A China tem estudado a necessidade e a viabilidade da exploração de Marte desde o início da década de 90 como parte do projeto nacional 1990s "863 Exploração Planetária", de acordo com Liu Zhenxing, um pesquisador do Centro CAS Center para Ciência Espacial e Pesquisa Aplicada (CSSAR).
Mars to Stay
Mars to Stay é uma proposta de que os astronautas enviados para Marte pela primeira vez deveriam ficar por lá indefinidamente, tanto para reduzir os custos quanto para assegurar o estabelecimento permanente em Marte. Entre os vários defensores do Mars to Stay, o antigo astronauta da Apollo, Buzz Aldrin tem sido um promotor assíduo, sugerindo em vários fóruns "Esqueça a Lua, Vamos para Marte!" . Em 10 de outubro de 2010 o Diretor do Centro de Pesquisa Ames da NASA Pete Worden introduziu a iniciativa Hundred Year Starship, um projeto para uma viagem de ida apenas para Marte para 2030. Aos astronautas seriam enviados suprimentos da Terra regularmente.
NASA Design Reference Mission Architecture 5.0 (2009)
Módulo de ascensão do DRMA 5.0 Mars (2009)
A NASA publicou uma versão atualizada do NASA DRM 5.0 no início de 2009, que faz uso do lançador Ares V, Orion CEV, e planejamento da missão atualizado. Nesse documento.
Ver também: Projeto Constellation
Chegar a Marte na metade da década de 2030
Em um importante discurso no Centro Espacial Kennedy em 15 de abril de 2010, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama projetou uma missão tripulada a Marte a metade da década de 2030, seguida de uma aterrissagem:
“ Na metade dos anos 2030, eu acredito que poderemos enviar humanos à órbita de Marte e retorná-los com segurança à Terra. E uma aterrissagem em Marte se prosseguirá. E eu espero ainda estar por aqui para ver isso acontecer. ”
O congresso dos Estados Unidos apoiou uma missão tripulada para a Lua, seguida pela exploração de um asteróide em 2025 e Marte na década de 2030.
Preparação
Um número de nações e organizações possuem intenções de longo termo de enviar humanos a Marte. O estado de o quanto cada um está preparado é sumarizado abaixo.
Os Estados Unidos possuem um número de missões atualmente explorando Marte, com o retorno de amostras em um futuro próximo. Os Estados Unidos não tem um lançador capaz de enviar humanos a Marte, apesar de a nave especial Orion, atualmente em fase de desenvolvimento pela NASA, poderia lançar astronautas a partir da Terra para que estes se juntassem à expedição na órbita terrestre e então retornassem à superfície terrestre quando a expedição tiver retornado de Marte. A NASA tem utilizado a cratera Haughton na Ilha Devon como um local de treinamento devido à similaridade da cratera com a geologia marciana.[40] De acordo com a New Scientist, um foguete VASIMR baseado em plasma de argônio poderia reduzir o tempo de trânsito a menos de 40 dias.
A Agência Espacial Européia tem enviado sondas robóticas, e possui planos de longo prazo para o envio de humanos mas ainda não construiu uma instalação capaz de lançar seres humanos ao espaço. Há uma proposta para converter o já existente Veículo de Transferência Automatizado (ATV) para lançamentos tripulados.
A Rússia (e previamente a União Soviética) enviou um grande número de sondas. Ela é capaz de enviar humanos à órbita terrestre e possui extensiva experiência em vôos orbitais de longo termo devido aos seus programas espaciais. A Rússia não possui um lançador capaz de enviar humanos a Marte, apesar do programa Kliper proposto como um equivalente da Rússia e da Europa à sonda espacial Orion. Uma simulação de uma missão a Marte, chamada Mars-500, foi concluída pela Rússia em julho de 2009.
As missões robóticas do Japão falharam até o momento.
A China planeja cooperar com a Rússia no envio de missões robóticas com retorno de amostras a Fobos. A China foi o terceiro país após os Estados Unidos e a Rússia a lançar humanos à órbita da Terra.
Críticas
Alguns cientistas tem argumentado que a tentativa de vôos tripulados para Marte seria contra produtiva para a ciência. Em 2004, o Comitê Especial Para o Financiamento da Astrofísica, um comitê da Sociedade Americana de Física, declarou que "mudar as prioridades da NASA para missões custosas e arriscadas para a Lua e Marte significará a negligência dos esforços da ciência espacial mais promissores".
fontes: NASA, Wikipédia
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