Uma em cada cinco estrelas parecidas ao Sol na Via Láctea, que tem 55
bilhões de estrelas, pode ter um planeta do tamanho da Terra em sua
órbita, e se este não estiver muito longe ou muito perto do seu astro,
há possibilidade de abrigar água líquida e vida.
O estudo se baseia em uma nova análise de três anos de descobertas do Observatório Espacial Kepler, da Nasa.
"Isto significa que, entre as milhares de estrelas que observamos no
céu durante a noite, a mais próxima, similar ao Sol e com um planeta em
sua órbita, está, provavelmente, a apenas 12 anos luz (cada ano luz
equivale a 9,461 bilhões de quilômetros) e é visível a olho nu",
assinalou o astrônomo Erick Petigura, da Universidade de Berkeley, na
Califórnia.
A pesquisa, publicada nas Atas da Academia Nacional da Ciência, foi
apresentada durante a conferência sobre o Kepler em Moffett Field,
Califórnia.
"Estes resultados permitem pensar que planetas como a Terra são
relativamente frequentes em toda Via Láctea", destacou Andrew Howard,
astrônomo do instituto de Astronomia do Avaí e coautor do estudo.
Baseados nos três primeiros anos de dados obtidos por Kepler, os
pesquisadores detectaram 3.538 potenciais exoplanetas, dos quais 833
foram confirmados. Entre estes, 647 são do tamanho da Terra e 104 se
encontram na distância do Sol habitável, e 10 são rochosos como a Terra,
disse Jason Rowe, do instituto SETI, durante a coletiva.
Buscar sinais de vida
O fato de um planeta com massa comparável a da Terra se encontrar em
uma zona onde poderia ser habitável não o faz, por si só, propício à
vida, observaram os cientistas.
"Alguns poderiam, por exemplo, ter atmosferas muito densas, o que
tornaria as temperaturas na superfície muito elevadas para organismos
vivos", explicou Geoffrey Marcy. "Na realidade, desconhecemos a
variedade dos tipos de planetas e as características sob as quais
poderiam haver vida".
"A abundância de planetas como a Terra, em órbita de estrelas
relativamente próximas, simplificará as futuras missões da Nasa para
estudá-los detalhadamente", destacou Andrew Howard.
Segundo Natalie Batalha, cientista da missão Kepler, "dentro de 50
anos seremos capazes de observar as características da atmosfera destes
exoplanetas e o objetivo seguinte será obter imagens de boa qualidade de
sua superfície, ver a topografia e buscar sinais de vida".
A missão Kepler, lançada em 2009, se ocupa da busca de planetas fora
do sistema solar que podem orbitar a uma distância de suas estrelas que
permita a existência de vida.
"Temos muitas missões a considerar no futuro. Penso que algumas
delas, que já estão impulsionando a tecnologia, poderiam ser postas em
marcha por nossos filhos ou netos", disse Bill Borucki, um dos
principais pesquisadores do Kepler.
fonte:Yahoo
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